🏙️ Se urbanismo é sobre criar cidades para pessoas, então é preciso criar cidades para todas as pessoas, concorda? É nesse espírito que Viena, capital da Áustria, vem chamando atenção com sua política habitacional, um case de sucesso que entrega qualidade de vida, inclusão e arquitetura de ponta.
Um cenário de necessidade impulsionou o movimento. Após a Primeira Guerra Mundial, Viena estava devastada – foi quando o governo municipal decidiu enfrentar a crise, criando uma política habitacional massiva e pioneira. Nasciam, então, projetos que fortaleceriam o senso de comunidade por meio de espaços compartilhados, áreas verdes e acesso a serviços. 🌳
- 🏠 O primeiro foi o Karl-Marx-Hof, com mais de 1 km de extensão, que tinha como função abrigar dignamente pessoas que precisavam de um lar. Depois, muitos outros complexos habitacionais se destacam, como o Alt-Erlaa, famoso por suas torres equipadas com piscinas no topo, ou o Gasometer, um antigo reservatório de gás convertido em habitações.
O segredo é consistência e inovação. A cidade trabalha com um modelo misto: o governo municipal constrói diretamente ou subsidia empresas privadas que operam com lucro limitado, garantindo aluguéis acessíveis e reduzindo a segregação socioeconômica, ajudando, assim, a conter a especulação imobiliária.
- 🏘️ O resultado é claro: atualmente, cerca de metade da população vive em moradias subsidiadas, com aluguéis médios de €8,66/m² em 2022.
Apesar dos desafios, como a aquisição de terrenos para expansão e o envelhecimento populacional, Viena é hoje uma das cidades com melhor qualidade de vida no mundo. 🏆 Seu modelo demonstra que planejamento de longo prazo e investimentos públicos podem enfrentar os desafios habitacionais e promover inclusão social e acessibilidade.
